O engodo das 12 horas

Na semana passada, estava esperando pelo ônibus na rodoviária e assistindo o jornal Hoje, da Globo. Foi noticiado que o governo (ilegítimo) Temer estava preparando uma proposta de reforma trabalhista que ampliaria a jornada de trabalho para 12 horas, o que seria para "combater o desemprego". A justificativa me pareceu tão implausível quanto a proposta. E a reação dos motoristas de ônibus que ali estavam também foi de profunda indignação. Hoje assisti um vídeo em que Michel Temer, diante da péssima repercussão (o que ele esperava?), diz que tudo foi um boato e se prepõe a esclarecer a sua proposta. Ele coloca dois cenários. No primeiro, trabalha-se quatro dias por semana e folga-se três. No segundo cenário, além do primeiro emprego - trabalhando quatro dias de 12 horas e folgando três - o(a) trabalhador(a) acumula um segundo emprego. Analisemos, pois, as propostas de Temer. No regime da CLT atual, a jornada máxima de trabalho é de 44 horas semanais. Ou seja, trabalha-s...