Espectros que nos assombram

Acabei de ler um artigo muito apropriado de Juan Arias entitulado " Marielle assombra Flávio Bolsonaro mais morta do que viva ". Arias avalia as reviravoltas do caso Flávio Bolsonaro com a recente denúncia de que o então deputado empregava em seu gabinete a mulher a e filha do suposto assassino de Marielle Franco, o ex-capitão do BOPE (e atualmente foragido) Adriano Magalhães da Nóbrega. Adriano é apontado pelas investigações como um dos cabeças da milícia Escritório do Crime, um dos mais poderosos do Rio. Marielle, além de mulher, negra, lésbica e socialista, havia estudado a questão da segurança pública no Rio em seu mestrado e enfrentava as milícias enquanto vereadora. Arias está certíssimo na proposição do título de seu artigo, mas gostaria de complementar que Marielle não assombra apenas Flávio Bolsonaro (e a quem votou no clã), mas que a imagem dela, que clama por justiça do além, assombra a todos nós. Afinal, o Brasil é campeão de assassinatos de lideranças de m...